atravesso olhar diáfano
ao lado descansa o punhal
tolhido por minha aventura
pinga o suor
coagulado
tremula a mão que sorri
risca o meu desejo
sofre agonia latente
transcrita entre parênteses
naquele dia
minh’alma acorda febril
sintetiza meu prazer
hoje só quero viver
dormir no rabo do gato
enroscado num novelo
sentir o vento doce
acariciar as mãos
comer biscoitos de vento
mastigar felicidade
no balé da bola arteira
estocada no fundo da rede