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domingo, 8 de junho de 2008

IN-COERÊNCIA


IN-COERÊNCIA
Ivy Gomide

Farsa de
estrelas cadentes
no inútil dia que
esvai-se
de minhas
mãos.
Por que te amo
se o chão
que me deste
caiu no precipício?
Se o mar
aberto em dois
me engoliu
ou ainda
e apesar da chuva
não alcancei Combray?
Por que te amo
se em linhas tortas
rabiscas
corações humanos?
Se sumiste na esquina
onde prostitutas
fazem ponto?
Sim, amo-te!
Desde o dia
em que surgistes
com estrelas
espremidas
no rastro
de uma noite triste.


RJ – 15/01/2006
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