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sábado, 7 de junho de 2008

TECLANDO NOITES INSONES

TECLANDO NOITES INSONES


Teclo mornos dedos
estremecidos no frio
táctil dessa noite
congelante.
Dos poros entreabertos
arrastados na preguiça
de tocar areia arrepiante.
Teclo desejos
fumegantes em dizer.

Teclo expor-me
nua da vontade
em me expressar
Sonho exaurido
da noite que espreita
instantes íntimos.

Teclo, martelo, bato, espanco,
necessidade de gritar letras.
Poesia espremida sai
em pequenas gotas farpadas.
Laranja seca, com vísceras
expostas, caixão calado no silêncio
mortal ,onde gritam apenas
noites que se esvaem.
Teclo!


RJ - 18/09/2005
Ivy Gomide


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2 comentários:

ana wagner disse...

Vc sabe que sou sua fã, poeta.
Parabéns pelo blog! Está tudo muito bonito e de bom gosto.
Um beijo!
Ana W

Elaine Cristina Carvalho Duarte disse...

Adorei!! Poema metalinguístico dos tempos modernos...
Beijos...

Nane